Um estudo recente investigou o conhecimento, atitudes e práticas de fisioterapeutas italianos em relação à prescrição de exercícios para pacientes com dor cervical não específica. A pesquisa, que envolveu 446 profissionais, revelou dados importantes sobre a abordagem atual no tratamento dessa condição comum.
Os resultados indicam que a maioria dos fisioterapeutas italianos recebe treinamento em prescrição de exercícios para dor cervical. No entanto, muitos demonstraram falta de familiaridade com testes de avaliação muscular importantes, como o teste de resistência dos extensores cervicais e o teste de sustentação escapular. Essa lacuna no conhecimento pode impactar a eficácia dos planos de tratamento, já que uma avaliação precisa é fundamental para direcionar os exercícios de forma adequada. Além disso, o estudo apontou para a necessidade de aprimorar o treinamento em exercícios aeróbicos e de resistência, buscando alinhamento com as diretrizes internacionais. A prescrição de exercícios deve ser personalizada e baseada em evidências científicas.
A pesquisa também comparou as práticas de fisioterapeutas especializados em terapia manual ortopédica (OMPTs) com os não especializados. Embora uma porcentagem maior de OMPTs prescreva exercícios para pacientes com dor cervical, a frequência de prescrição de treinamento de resistência foi menor nesse grupo, mesmo relatando maior treinamento nessa área. Isso sugere uma possível desconexão entre o conhecimento teórico e a aplicação prática. A atualização constante e a tradução do conhecimento em prática clínica são cruciais para otimizar os resultados dos pacientes. Uma melhor compreensão e aplicação de testes de avaliação muscular, juntamente com aprimoramento do treinamento em exercícios aeróbicos e de resistência, podem levar a melhores resultados e qualidade de vida para aqueles que sofrem de dor cervical.
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