A recuperação após uma cirurgia cardíaca envolve diversos cuidados, e a função pulmonar é uma das áreas que requer atenção especial. Complicações pulmonares pós-operatórias são relativamente comuns, e o uso de um espirômetro de incentivo tem sido frequentemente recomendado como medida preventiva. Um estudo recente investigou se um novo espirômetro digital (DIS) ofereceria vantagens em relação ao tradicional espirômetro Triflow no auxílio da recuperação respiratória de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca aberta.
O estudo randomizado controlado envolveu 32 pacientes divididos em dois grupos: um utilizando o espirômetro digital (DIS) e outro o espirômetro de incentivo Triflow. Os participantes foram instruídos a realizar exercícios respiratórios com seus respectivos dispositivos, seguindo um protocolo específico de repetições e frequência diária, desde o primeiro dia após a extubação até o quinto dia. Avaliações da função pulmonar e da força muscular respiratória foram realizadas antes da cirurgia e novamente no quinto dia pós-extubação, permitindo a comparação dos resultados entre os grupos e dentro de cada grupo.
Os resultados revelaram que, embora ambos os grupos apresentassem uma redução nos parâmetros da função pulmonar e na pressão respiratória máxima no quinto dia pós-extubação em comparação com os valores pré-operatórios, não houve diferenças significativas entre os dois grupos. Em outras palavras, tanto o espirômetro digital quanto o espirômetro Triflow demonstraram efeitos semelhantes na recuperação da função pulmonar e da força muscular respiratória em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca aberta. Isso sugere que, pelo menos neste contexto específico, a novidade do espirômetro digital não se traduziu em uma vantagem mensurável em relação ao método tradicional. A escolha do dispositivo pode, portanto, depender de outros fatores, como custo ou preferência do paciente.
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