Desvendando a Doença CLN7: Novos Insights Genéticos e Fenotípicos

A doença CLN7, também conhecida como lipofuscinose ceroide neuronal tipo 7, é uma enfermidade de armazenamento lisossomal causada por mutações no gene MFSD8/CLN7. Caracterizada como uma condição neurodegenerativa, manifesta-se geralmente entre os 2 e 6 anos de idade, com sintomas como crises epilépticas e atraso no desenvolvimento. A progressão da doença leva a uma deterioração psicomotora, verbal e visual acelerada, resultando em um prognóstico sombrio e morte prematura.

Recentemente, pesquisadores se debruçaram sobre cinco casos de CLN7, incluindo apresentações consideradas ‘atípicas’, buscando correlacionar o genótipo com o fenótipo da doença. Apesar de já terem sido identificadas mais de 80 variantes genéticas no gene MFSD8/CLN7, ainda carece de informações precisas sobre como cada variação genética específica se manifesta clinicamente. A análise molecular e computacional revelou quatro variantes genéticas distintas, incluindo duas variantes de splicing, que demonstraram afetar o processo de splicing em um ensaio de mini-gene.

Um dos achados mais relevantes foi a confirmação da patogenicidade da variante c.863 + 1G > A e a reclassificação da variante c.863 + 4A > G como patogênica, baseada em dados experimentais robustos. A variante c.863 + 4A > G demonstrou, inclusive, expressar um nível residual da proteína MFSD8/CLN7, o que pode explicar fenótipos mais brandos em alguns pacientes. Adicionalmente, os pesquisadores observaram uma distribuição geográfica específica de algumas variantes na Argentina, o que pode ter implicações para o diagnóstico e manejo da doença na região, buscando diminuir o tempo de diagnóstico, conhecido como ‘odisseia diagnóstica’. O estudo oferece novas informações valiosas para o prognóstico da CLN7 e expande o conhecimento sobre o espectro genético e epidemiológico da doença na América do Sul.

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