A precisão e a minimização de riscos são cruciais em cirurgias ortopédicas, especialmente em casos de fraturas pélvicas complexas. Uma abordagem inovadora que vem ganhando destaque é a utilização de robótica assistida para a colocação de parafusos, visando a estabilização dessas fraturas. Essa técnica oferece uma alternativa promissora aos métodos convencionais, buscando melhorar os resultados para o paciente.
Em um estudo recente, pesquisadores exploraram o uso de um sistema robótico avançado para estabilizar fraturas do anel pélvico anterior em ambos os lados, juntamente com uma fratura sacral no lado direito. O objetivo principal da cirurgia foi restaurar a mobilidade do paciente, utilizando a osteossíntese com parafusos assistida por robô. As indicações para esse tipo de procedimento surgem em casos de dor intensa e imobilidade resultantes de medidas conservadoras, particularmente em pacientes com fraturas de fragilidade pélvica grau II (FFP II).
A técnica cirúrgica emprega uma sala de operações híbrida com navegação 3D, integrando componentes como o sistema de navegação “Curve Navigation System”, tomografia computadorizada móvel robótica de feixe cônico 3D (CBCT) “Loop‑X”, braço robótico “Cirq Arm System” e monitor de parede “BUZZ” (Brainlab, Munique, Alemanha). A combinação desses recursos permite um planejamento cirúrgico detalhado e uma execução precisa, minimizando o risco de complicações e otimizando a recuperação do paciente. O acompanhamento pós-operatório inclui carga total imediata, medicação para dor seguindo o esquema da Organização Mundial da Saúde (OMS) e fisioterapia desde o primeiro dia após a cirurgia. A utilização de técnicas navegadas e assistidas por robôs, já consolidadas na cirurgia da coluna, demonstra um potencial crescente na abordagem de fraturas pélvicas, oferecendo altos níveis de precisão.
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