Bexiga Hiperativa: Estimulação Elétrica Versus Medicamento em Pacientes com HTLV-1

A síndrome da bexiga hiperativa (BH) é uma condição comum que causa uma necessidade urgente e frequente de urinar, podendo afetar significativamente a qualidade de vida. Um estudo recente investigou a eficácia de duas abordagens de tratamento para a BH em pacientes infectados com o Vírus Linfotrópico de Células T Humanas do tipo 1 (HTLV-1): a estimulação elétrica nervosa transcutânea parassacral (PTENS) e o medicamento darifenacina.

O estudo, um ensaio clínico randomizado, acompanhou 42 pacientes com HTLV-1 e sintomas de BH. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu darifenacina, um anticolinérgico usado para relaxar os músculos da bexiga, enquanto o outro foi tratado com PTENS, uma técnica não invasiva que utiliza eletrodos para estimular os nervos na região sacral. Os resultados mostraram que ambos os tratamentos foram eficazes na redução dos sintomas da BH, como a frequência urinária, a noctúria (necessidade de urinar durante a noite) e a urgência.

No entanto, o estudo também revelou diferenças importantes entre os dois grupos. Uma proporção significativamente maior de pacientes no grupo da darifenacina (23,8%) abandonou o tratamento devido a efeitos colaterais ou falta de eficácia, em comparação com o grupo da PTENS (4,8%). Isso sugere que a PTENS pode ser uma opção de tratamento mais tolerável para pacientes com BH e HTLV-1. Embora ambos os protocolos tenham se mostrado eficazes na redução dos sintomas, a menor taxa de abandono e a ausência de eventos adversos significativos apontam para a PTENS como uma alternativa promissora no tratamento da bexiga hiperativa, especialmente em pacientes com HTLV-1, que podem ser mais sensíveis aos efeitos colaterais de medicamentos.

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