Estratégias baseadas em música têm se mostrado eficazes na redução da angústia e agitação, além de promover o bem-estar em pessoas que vivem com demência. Um estudo recente explorou a viabilidade e os efeitos preliminares de uma intervenção inovadora, combinando música e tecnologia, para o cuidado de pacientes com sintomas comportamentais e psicológicos complexos da demência.
O estudo, conduzido em uma unidade de internação especializada em psicogeriatria, avaliou o Music Attuned Technology Care via eHealth (MATCH). A equipe recebeu treinamento para aplicar as estratégias MATCH durante um período de oito semanas com os pacientes participantes. Os resultados indicaram uma redução na gravidade dos sintomas da demência, particularmente a agitação, conforme medido pelo Neuropsychiatric Inventory Questionnaire (NPI-Q). Além disso, a equipe relatou alta aceitabilidade do MATCH, destacando que a implementação das estratégias aprimorou o cuidado centrado na pessoa. A resposta positiva dos pacientes à música serviu como motivação para o uso crescente da intervenção.
Apesar dos resultados promissores na redução da agitação e na melhora do cuidado, o estudo não encontrou mudanças significativas no conhecimento da equipe ou na depressão dos pacientes. No entanto, a aceitação do MATCH e o potencial para reduzir os sintomas de agitação, juntamente com o uso de medicamentos, justificam a realização de ensaios clínicos mais amplos para determinar sua eficácia em longo prazo. A combinação de música personalizada e tecnologia representa uma abordagem promissora para melhorar a qualidade de vida de indivíduos com demência e aliviar o fardo sobre cuidadores e sistemas de saúde.
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