A imitação desempenha um papel fundamental no desenvolvimento social e na aquisição de habilidades, tanto sociais quanto não sociais. No contexto do Transtorno do Espectro Autista (TEA), a dificuldade na imitação pode impactar significativamente o aprendizado e a interação social. Uma pesquisa recente investigou os mecanismos psicológicos subjacentes às diferenças na imitação em indivíduos com autismo, buscando compreender quais processos contribuem para essas dificuldades.
O estudo, publicado no Autism Research, avaliou crianças autistas e não autistas com idades entre 7 e 12 anos, utilizando uma bateria abrangente de testes que mediram a imitação de gestos (com e sem significado), a execução motora, a representação da ação, a motivação social e as funções executivas. Os resultados indicaram que a execução motora é um fator crucial que influencia a capacidade de imitação em pessoas com TEA. No entanto, a motivação social, a representação da ação e as funções executivas também demonstraram ter um papel mediador, contribuindo para as diferenças observadas na imitação.
A pesquisa revelou que os domínios testados foram responsáveis por 39% da variação no desempenho da imitação. Esses achados fornecem *insights* importantes sobre a complexidade dos processos envolvidos na imitação e como eles podem ser afetados no autismo. Compreender esses mecanismos pode levar ao desenvolvimento de intervenções mais eficazes para melhorar as habilidades de imitação e, consequentemente, promover o desenvolvimento social e a aprendizagem em indivíduos com TEA. Estudos futuros com dados longitudinais, principalmente de estágios iniciais de desenvolvimento, são *essenciais* para aprofundar nosso conhecimento sobre esse tema.
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