Esquizofrenia e Autismo: Desvendando a Relação em Jovens

Um estudo recente publicado no Journal of Psychiatric Research investigou a presença de características autistas em jovens com diagnóstico de Transtorno do Espectro da Esquizofrenia (TEE), buscando compreender melhor a complexa relação entre essas duas condições. A pesquisa acompanhou pacientes em seu primeiro episódio psicótico ao longo de dois anos, utilizando a escala PAUSS (PANSS Autism Severity Score) para avaliar a severidade dos traços autísticos.

Os resultados revelaram que um subgrupo significativo de indivíduos com TEE apresentava pontuações elevadas na escala PAUSS, indicando a presença de características autistas proeminentes. Esses indivíduos, denominados PAUSS+, demonstraram maior gravidade nos sintomas psicopatológicos e declínio social já no início do estudo. Além disso, apresentaram menores taxas de remissão dos sintomas ao longo do período de acompanhamento, sugerindo uma resposta menos favorável ao tratamento convencional.

Curiosamente, a estabilidade da escala PAUSS não foi confirmada a longo prazo. No entanto, observou-se uma redução significativa nas pontuações PAUSS, associada a doses menores de antipsicóticos e a um maior número de sessões de acompanhamento psicossocial. Esses achados sugerem que intervenções individualizadas e focadas nas necessidades específicas de cada paciente podem ser cruciais para melhorar os resultados clínicos em jovens com TEE e características autistas. A pesquisa destaca a importância de identificar e abordar precocemente as características autistas em indivíduos com esquizofrenia, a fim de otimizar o tratamento e promover uma melhor qualidade de vida.

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