A doença de Parkinson (DP) é uma condição neurodegenerativa progressiva que afeta o movimento, o equilíbrio e a coordenação. Embora não haja cura, diversas terapias e intervenções podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Entre essas abordagens, a dança tem se mostrado uma ferramenta promissora, oferecendo benefícios físicos, cognitivos e emocionais.
Um estudo recente, conduzido na Grécia, investigou os efeitos de um programa de dança adaptado para pessoas com Parkinson (DfPD). A pesquisa, denominada UPGRADE-PD, comparou a eficácia de intervenções presenciais e online, buscando entender como cada modalidade impacta os sintomas motores e não motores da doença, além de avaliar a qualidade de vida, a sarcopenia (perda de massa muscular) e a fragilidade dos participantes. O ensaio clínico randomizado envolveu 40 pacientes com Parkinson em estágios iniciais a intermediários, que foram divididos em três grupos: um grupo participou de aulas de dança presenciais, outro de aulas online e um terceiro grupo serviu como controle, sem receber nenhuma intervenção específica.
Os resultados preliminares do estudo UPGRADE-PD são promissores, indicando que tanto a dança presencial quanto a online podem trazer melhorias significativas para pessoas com Parkinson. A intervenção focada no paciente e adaptada à cultura local se mostrou eficaz na redução dos sintomas da doença, no aumento da qualidade de vida e na melhora da força muscular e do equilíbrio. A dança, como terapia complementar, oferece uma abordagem holística para o tratamento do Parkinson, integrando movimento, música e interação social. Os resultados completos do estudo, previstos para breve, poderão fornecer evidências ainda mais robustas sobre os benefícios da dança e contribuir para o desenvolvimento de programas de reabilitação mais eficazes e personalizados.
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