Autismo e Estresse Oxidativo: Uma Nova Perspectiva na Primeira Infância

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição complexa do neurodesenvolvimento, com causas multifatoriais. Uma linha de pesquisa crescente tem apontado o estresse oxidativo (EO) como um fator relevante no desenvolvimento do TEA. O estresse oxidativo ocorre quando há um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de neutralizá-los com antioxidantes, podendo danificar células e tecidos.

Um estudo recente investigou a relação entre o TEA e o estresse oxidativo em crianças pequenas, utilizando biomarcadores inovadores. Os pesquisadores analisaram parâmetros da homeostase dinâmica tiol/dissulfeto (DTDH) no plasma, um biomarcador de EO relativamente novo, juntamente com marcadores mais tradicionais, como o estado oxidante total (TOS), o estado antioxidante total (TAS), o índice de estresse oxidativo (OSI), glutationa e glutationa peroxidase (GPx). O objetivo era compreender melhor o papel do estresse oxidativo no TEA em fases iniciais do desenvolvimento.

A pesquisa envolveu crianças com TEA e um grupo de controle com desenvolvimento típico, ambos na faixa etária de 2 a 6 anos. Apesar de terem observado alterações nos parâmetros de DTDH e em outros marcadores de estresse oxidativo, os cientistas não encontraram diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos. Adicionalmente, não foi identificada uma correlação entre os biomarcadores de EO e a severidade dos sintomas do autismo. Os autores do estudo enfatizam a importância da idade como um fator determinante nas alterações relacionadas ao estresse oxidativo no autismo e ressaltam a necessidade de mais pesquisas com foco em diferentes faixas etárias para esclarecer o papel do EO na fisiopatologia do TEA e seu potencial uso diagnóstico. Este estudo abre novas avenidas para a investigação do TEA, sugerindo que a análise do estresse oxidativo em diferentes fases do desenvolvimento pode ser crucial para compreender melhor a condição.

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