A auriculoterapia, uma técnica terapêutica que estimula pontos específicos na orelha para tratar diversas condições de saúde, tem ganhado espaço no Brasil. Um estudo recente explorou o perfil dos profissionais brasileiros que aplicam a auriculoterapia, suas percepções sobre a eficácia da técnica e os efeitos colaterais relacionados.
A pesquisa, realizada com 193 praticantes, revelou que a maioria é composta por mulheres de meia-idade, atuantes em consultórios particulares e que atendem principalmente adultos e idosos. A frequência de aplicação da auriculoterapia geralmente varia de uma a duas vezes por semana. Um ponto interessante é que a formação dos profissionais, em grande parte, é realizada online e com duração superior a 40 horas, o que é considerado suficiente para a prática clínica.
Os resultados indicam que os profissionais percebem a auriculoterapia como altamente eficaz no tratamento de sintomas leves e moderados. Há uma melhora significativa na severidade dos sintomas, na funcionalidade dos pacientes, na qualidade de vida e na satisfação com o tratamento. Além disso, os efeitos colaterais são considerados inexistentes ou muito leves. No entanto, o estudo aponta para uma certa incoerência na percepção e no manejo desses efeitos adversos, indicando a necessidade de uma melhor compreensão e abordagem por parte dos praticantes. A auriculoterapia se mostra promissora como uma terapia complementar para o bem-estar geral.
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