A hospitalização psiquiátrica de adolescentes diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem aumentado de forma preocupante. Embora a intenção seja proporcionar benefícios imediatos e aprimoramento para o indivíduo, essa prática frequentemente acarreta prejuízos significativos para o adolescente.
Diante da crescente prevalência do TEA e da escassez de profissionais de saúde com experiência no cuidado desses pacientes, muitos adolescentes acabam recebendo tratamento inadequado, o que pode levar ao aumento da ansiedade e à regressão comportamental. A hospitalização, embora possa oferecer alívio temporário e gerenciamento de comportamentos desafiadores, muitas vezes não proporciona benefícios sustentáveis a longo prazo, entrando em conflito com o princípio bioético da beneficência, que busca o bem-estar do paciente.
Uma alternativa promissora é a mudança de foco para recursos preventivos ambulatoriais, que oferecem cuidados individualizados e baseados na comunidade, visando evitar a necessidade de hospitalização, reservando-a como último recurso. Ao realocar recursos financeiros da hospitalização psiquiátrica para esses serviços ambulatoriais, é possível melhorar os resultados gerais dos pacientes, oferecer suporte mais eficaz aos cuidadores e, consequentemente, reduzir os danos causados aos adolescentes com TEA. Essa abordagem prioriza o acompanhamento contínuo e a intervenção precoce, promovendo uma melhor qualidade de vida para os indivíduos com autismo e suas famílias.
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