Rupturas crônicas dos tendões do quadríceps e de Aquiles representam um desafio significativo para a medicina ortopédica. A retração do tendão, a formação de tecido cicatricial e a qualidade comprometida dos tecidos tornam as abordagens tradicionais, como a tendinoplastia V-Y e o uso de enxertos sintéticos, menos eficazes para tratar grandes defeitos ou casos negligenciados. Uma alternativa promissora que tem ganhado destaque é o uso de alografts ósseo-tendinosos de Aquiles.
Um estudo recente investigou a eficácia dessa técnica em pacientes com rupturas crônicas, onde as tentativas de reparo primário falharam. A reconstrução utilizou alografts ósseo-tendinosos de Aquiles, com técnicas específicas de osteotomia para fixação patelar e calcânea. Os pacientes foram submetidos a protocolos pós-operatórios que incluíram imobilização seguida de fisioterapia estruturada. As avaliações clínicas e de ressonância magnética (RM) mostraram melhorias notáveis na amplitude de movimento e redução da dor nos pacientes. A RM também indicou alinhamento adequado das fibras do enxerto e integração óssea precoce, sem complicações como re-ruptura ou infecção.
Os resultados do estudo, juntamente com uma revisão da literatura existente, sugerem que os alografts ósseo-tendinosos de Aquiles oferecem uma fixação robusta e facilitam a integração biológica, especialmente em casos com grandes defeitos e tecidos comprometidos. A recuperação funcional completa, com união óssea total e retorno às atividades normais, foi alcançada em um período relativamente curto. Embora mais estudos comparativos sejam necessários para confirmar a superioridade dessa técnica em relação aos métodos convencionais, os alografts de Aquiles representam uma alternativa valiosa para pacientes que enfrentam o desafio das rupturas crônicas de tendões.
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