Estiramento: A Precisão da Avaliação Subjetiva e Objetiva

O estiramento é uma prática amplamente utilizada em ambientes clínicos para manter e melhorar as funções físicas. Apesar de inúmeros estudos investigarem seus efeitos, as avaliações subjetivas realizadas por terapeutas ainda são comuns, muitas vezes carecendo de critérios objetivos claros. Uma pesquisa recente buscou preencher essa lacuna, correlacionando medidas objetivas com as avaliações subjetivas de terapeutas e pacientes.

O estudo envolveu fisioterapeutas com diferentes níveis de experiência, que realizaram o estiramento de elevação da perna reta em um paciente simulado. Durante o procedimento, foram coletadas medidas objetivas, como o ângulo da articulação, a atividade eletromiográfica e a rigidez da parte posterior da coxa. Paralelamente, terapeutas e o paciente simulado forneceram avaliações subjetivas utilizando escalas numéricas. Os resultados revelaram que as classificações dos terapeutas apresentaram uma correlação positiva com a mudança no ângulo de elevação da perna reta e a duração do estiramento.

Curiosamente, as avaliações do paciente simulado mostraram uma correlação positiva com a atividade eletromiográfica do músculo semitendinoso, mas uma correlação negativa com a mudança no ângulo da articulação. Essa disparidade sugere que as avaliações subjetivas podem divergir dos resultados objetivos, evidenciando a necessidade de uma compreensão mais aprofundada dessa relação. Os fisioterapeutas demonstraram a capacidade de detectar pequenas melhorias no ângulo da articulação de forma subjetiva, mas nenhum preditor objetivo para essa mudança foi identificado. A pesquisa destaca a importância da avaliação objetiva na prática clínica e adverte contra a dependência exclusiva do feedback do paciente.

Origem: Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima