A reabilitação em unidades de terapia intensiva (UTIs) tem se tornado um componente crucial no cuidado de pacientes críticos. A avaliação funcional precisa é fundamental para direcionar intervenções e monitorar o progresso dos pacientes. Nesse contexto, pesquisadores brasileiros realizaram a tradução e adaptação transcultural da escala Chelsea Critical Care Physical Assessment, uma ferramenta utilizada para avaliar a capacidade física de pacientes em estado crítico.
O estudo, publicado no periódico Critical Care Science, detalha o processo rigoroso de tradução e adaptação da escala para o português do Brasil. Esse processo incluiu a tradução inicial, síntese das traduções, retrotradução para o idioma original, revisão por um comitê de especialistas e testes para garantir a compreensão e relevância cultural da ferramenta. A versão brasileira, denominada Avaliação Física em Cuidados Intensivos Chelsea, passou por uma análise de validade de conteúdo, alcançando um índice de 0.91, indicando alta relevância e adequação para o contexto brasileiro.
Os resultados do estudo demonstraram que a versão brasileira da escala Chelsea Critical Care Physical Assessment possui alta confiabilidade entre avaliadores, com um coeficiente de correlação intraclasse de 0.99. Isso significa que diferentes profissionais de saúde, ao utilizarem a escala, tendem a obter resultados consistentes, garantindo a precisão e a validade da avaliação funcional dos pacientes. A disponibilidade de uma ferramenta de avaliação funcional confiável e adaptada para o Brasil contribui para a melhoria da qualidade da reabilitação em UTIs e, consequentemente, para a recuperação dos pacientes.
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