Autismo: Desvendando os Gradientes Funcionais no Cérebro de Crianças em Idade Pré-Escolar

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurodesenvolvimental que se manifesta na primeira infância, caracterizada por dificuldades na interação social e comportamentos atípicos. A pesquisa sobre as causas e mecanismos subjacentes ao TEA continua sendo uma área de grande interesse científico. Um estudo recente investigou as alterações nos gradientes funcionais cerebrais em crianças em idade pré-escolar com TEA, buscando entender como essas mudanças podem estar relacionadas com a gravidade dos sintomas clínicos.

Utilizando a ressonância magnética funcional em estado de repouso, os pesquisadores analisaram a atividade cerebral de 52 crianças com TEA e 40 crianças saudáveis. O objetivo era identificar diferenças nos gradientes funcionais em sete grandes redes cerebrais. Os resultados revelaram padrões distintos em diferentes redes. Por exemplo, na rede somatomotora, foram encontradas diferenças significativas no segundo gradiente em regiões específicas como o lóbulo paracentral direito e o giro pós-central direito. Na rede frontoparietal, apenas o giro frontal médio esquerdo no segundo gradiente apresentou diferenças notáveis entre os grupos.

Curiosamente, a rede de modo padrão (DMN), uma rede cerebral crucial para o pensamento introspectivo e a cognição social, exibiu diferenças estatisticamente significativas em todos os três gradientes analisados. Na rede de atenção ventral, as diferenças foram observadas principalmente no gradiente primário, em regiões como a ínsula esquerda e direita, e os giros cingulado médio e paracingulado direitos. Estes achados sugerem que a análise dos gradientes funcionais cerebrais pode fornecer biomarcadores de neuroimagem promissores para avaliar a severidade do TEA em crianças pequenas, auxiliando no desenvolvimento de intervenções mais precoces e direcionadas. A ênfase na compreensão da organização hierárquica das redes cerebrais no TEA é fundamental para avançar no tratamento e suporte a indivíduos com essa condição.

Origem: Link

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima