Um estudo recente investigou como fatores genéticos e de gênero podem influenciar a forma como o álcool afeta o desempenho psicomotor. A pesquisa focou na influência do gene ALDH2, que desempenha um papel crucial no metabolismo do acetaldeído, um subproduto tóxico da metabolização do álcool, e as diferenças entre homens e mulheres.
O estudo envolveu a administração de uma dose de álcool a um grupo de participantes chineses e a medição dos níveis de etanol e acetaldeído no sangue. Paralelamente, foram realizados testes para avaliar a função psicomotora, como tempo de reação auditiva e visual, além de tarefas de rastreamento e substituição de símbolos. Os resultados mostraram que o metabolismo do acetaldeído varia significativamente entre os indivíduos, dependendo tanto do genótipo ALDH2 quanto do sexo. Mulheres com um genótipo específico apresentaram níveis mais elevados de acetaldeído no sangue em comparação com homens com o mesmo genótipo. Curiosamente, o oposto foi observado em participantes com outro genótipo do ALDH2.
Além disso, o estudo revelou que o genótipo ALDH2 também pode afetar o desempenho psicomotor de forma diferente em homens e mulheres. Por exemplo, homens com uma variação genética específica demonstraram um aumento significativo no tempo de reação visual após o consumo de álcool, enquanto as mulheres tiveram um desempenho inferior em tarefas de rastreamento. Notavelmente, o desempenho no teste de tempo de reação auditiva estava correlacionado com os níveis de acetaldeído no sangue, sugerindo uma ligação direta entre o metabolismo do álcool e a função cognitiva. Esses achados reforçam a importância de considerar fatores genéticos e de gênero ao avaliar os efeitos do álcool no organismo e no desempenho psicomotor.
Origem: Link