Mão Dominante vs. Não Dominante: Desempenho Surpreendentemente Similar em Tarefas de Precisão

A dominância manual, ou seja, a preferência por usar uma das mãos em detrimento da outra, é um tema amplamente estudado em relação ao controle neural e ao desempenho motor. Tradicionalmente, a mão dominante é vista como aquela com melhor coordenação, especialmente em tarefas que exigem alcançar e manipular objetos. No entanto, um estudo recente desafiou essa visão, investigando se essa dominância realmente se traduz em um controle superior da força dos dedos durante atividades de preensão e levantamento.

A pesquisa envolveu a análise das características comportamentais e neurais de ambas as mãos em adultos jovens e saudáveis, com foco em um índice de sinergia (que mede a coordenação entre os dedos), na potência das ondas cerebrais (avaliada por eletroencefalograma – EEG) e na coerência EEG-EMG (que indica a comunicação entre o cérebro e os músculos). Os participantes realizaram tarefas de segurar e levantar um objeto com a plataforma do polegar fixa ou móvel. A expectativa inicial era que a mão dominante apresentasse melhor coordenação e maior atividade neural.

Contrariando as expectativas, os resultados demonstraram que não houve diferenças significativas no índice de sinergia, na potência das ondas cerebrais ou na coerência EEG-EMG entre as mãos dominante e não dominante. Isso sugere que, em tarefas que exigem a manutenção estável da força, ambas as mãos são capazes de alcançar níveis de desempenho semelhantes. Curiosamente, as diferenças surgiram entre as condições da tarefa: a condição com a plataforma fixa apresentou valores mais elevados tanto no comportamento quanto na atividade neural, provavelmente devido a variações no atrito. No entanto, esses ajustes foram consistentes entre as duas mãos. Em resumo, este estudo desafia a noção de que a mão dominante sempre supera a não dominante em todas as tarefas motoras, revelando uma capacidade surpreendente da mão não dominante em tarefas que exigem controle preciso da força.

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