Dores musculoesqueléticas persistentes, como as encontradas em casos de tendinite, dor lombar e osteoartrite, frequentemente levam a limitações funcionais significativas. Estudos recentes têm demonstrado que essas condições estão intrinsecamente ligadas a alterações na excitabilidade de elementos neuronais responsáveis pelo controle motor. Uma revisão abrangente buscou analisar como técnicas de estimulação, tanto magnética transcraniana (EMT) quanto elétrica (EE), têm sido utilizadas para investigar essa excitabilidade neuronal em pacientes com dores musculoesqueléticas crônicas.
A revisão compilou dados de 60 estudos, revelando que a EMT é a técnica mais utilizada, com foco principal na avaliação da excitabilidade do trato corticoespinhal. A estimulação elétrica, por outro lado, é mais frequentemente empregada para analisar a excitabilidade neuromuscular. Surpreendentemente, a pesquisa revelou lacunas importantes no conhecimento. Por exemplo, a excitabilidade neuromuscular não foi investigada em pacientes com dor lombar, osteoartrite ou dor no ombro, e a excitabilidade espinhal e intracortical não foi avaliada em casos de dor no ombro.
Esses achados ressaltam a importância da EMT e da EE como ferramentas valiosas para compreender os mecanismos neurais subjacentes às dores musculoesqueléticas crônicas. A identificação de déficits específicos na excitabilidade neuronal pode abrir caminho para o desenvolvimento de intervenções terapêuticas mais direcionadas e eficazes. No entanto, as lacunas existentes na pesquisa enfatizam a necessidade de estudos adicionais para obter uma compreensão mais completa e abrangente das alterações neurais associadas a diferentes condições musculoesqueléticas, o que, por sua vez, poderá aprimorar as estratégias de tratamento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Origem: Link