O cérebro, embora represente apenas 2% do peso corporal, consome impressionantes 20% da energia do corpo em repouso. Essa demanda energética elevada é suprida principalmente pelo ATP, produzido nas mitocôndrias dos neurônios. A alta densidade mitocondrial no cérebro reflete sua necessidade constante de manter gradientes iônicos, neurotransmissão e atividade sináptica.
A vulnerabilidade do cérebro à inflamação (neuroinflamação) e ao estresse oxidativo é significativa. Estudos recentes apontam para o sulforafano (SF), um fitoterápico encontrado em vegetais crucíferos como brócolis, como um aliado potencial na mitigação desses desafios. O sulforafano e seu precursor, a glucorafanina, presentes em sementes e brotos de brócolis, podem oferecer benefícios neuroprotetores e cognitivos através de diversos mecanismos fisiológicos e bioquímicos.
O sulforafano tem a capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, protegendo-a e atenuando os efeitos da neuroinflamação destrutiva. Além disso, ele age contra os efeitos neurotóxicos de poluentes ambientais, combate os danos teciduais e celulares causados por produtos finais de glicação avançada e auxilia no metabolismo saudável da glicose. Esses benefícios se estendem a todas as faixas etárias, desde o desenvolvimento cerebral na concepção e infância, até cérebros desafiados por traumas, desenvolvimento ou cognição, e até mesmo aqueles afetados por condições crônicas como as doenças de Parkinson e Alzheimer.
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