O linfedema, um inchaço causado pelo acúmulo de líquido linfático, é um efeito colateral comum em pacientes que passaram por tratamento oncológico, especialmente aqueles com câncer de cabeça e pescoço. Uma revisão sistemática recente analisou a eficácia de diversas intervenções fisioterapêuticas no tratamento do linfedema secundário nesses pacientes. A pesquisa concentrou-se em estudos clínicos randomizados para avaliar os resultados de diferentes abordagens.
A revisão incluiu quatro estudos clínicos randomizados, totalizando 167 pacientes. As intervenções avaliadas incluíram o uso de kinesio taping (bandagens elásticas), terapia de compressão, drenagem linfática manual e exercícios, frequentemente combinados com cuidados com a pele e técnicas de autogerenciamento. Os resultados indicaram que programas de exercícios combinados com drenagem linfática manual, e complementados com kinesio taping ou terapia de compressão, podem trazer benefícios para o linfedema externo, ou seja, aquele que afeta a superfície do corpo. É importante ressaltar que nenhuma das terapias demonstrou melhora significativa no linfedema interno.
Apesar dos resultados promissores para o linfedema externo, é fundamental destacar a importância de mais pesquisas com maior rigor metodológico para confirmar esses achados. Os estudos analisados apresentaram, em sua maioria, um risco de viés moderado a alto, o que limita a força das conclusões. No entanto, a combinação de exercícios, drenagem linfática e terapias de compressão surge como uma abordagem promissora para o manejo do linfedema em pacientes que enfrentam essa condição debilitante após o tratamento do câncer de cabeça e pescoço. O autogerenciamento e os cuidados com a pele são componentes importantes do tratamento, visando evitar complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Mais estudos são necessários para refinar os protocolos e otimizar os resultados.
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