A constipação funcional é um problema comum na infância, afetando tanto o bem-estar físico quanto o psicológico das crianças. Uma abordagem promissora para o tratamento dessa condição, especialmente quando relacionada a disfunções do assoalho pélvico, é a fisioterapia especializada. Recentemente, uma revisão sistemática com meta-análise avaliou a eficácia da fisioterapia do assoalho pélvico em crianças que sofrem de constipação funcional.
A revisão analisou diversos estudos que compararam a fisioterapia do assoalho pélvico com tratamentos convencionais. Os resultados indicaram que diferentes abordagens de fisioterapia, como exercícios terapêuticos, terapia manual, estimulação elétrica e tratamentos multimodais, demonstraram resultados positivos. Em comparação com os tratamentos tradicionais, essas terapias levaram a um aumento significativo na frequência das evacuações, redução da dor ao defecar, melhora na qualidade de vida e diminuição da incontinência fecal. É importante ressaltar que a qualidade dos estudos analisados foi considerada de boa a razoável, o que reforça a confiabilidade dos achados.
Embora a biofeedback, uma técnica específica de fisioterapia, não tenha apresentado diferenças significativas em relação aos grupos de controle, outras abordagens se mostraram eficazes. Diante desses resultados, a fisioterapia do assoalho pélvico surge como uma opção viável e eficaz para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida de crianças com constipação funcional. Profissionais de saúde podem considerar a fisioterapia do assoalho pélvico como uma intervenção complementar no tratamento da constipação funcional infantil, visando aprimorar a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes.
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