A prática regular de exercícios físicos tem se mostrado uma ferramenta poderosa na promoção da saúde cerebral e na prevenção de doenças relacionadas ao envelhecimento. Pesquisas indicam que o exercício pode impulsionar a função cognitiva, estimular a neuroplasticidade (a capacidade do cérebro de se reorganizar) e reduzir o risco de declínio cognitivo. Mas como exatamente o exercício proporciona esses benefícios?
Os mecanismos por trás desses efeitos benéficos são complexos e envolvem diversas vias. Uma delas é a interação entre duas proteínas importantes: neurogranina e calmodulina. A ativação das vias de sinalização do cálcio, um processo fundamental para a comunicação entre os neurônios, parece ser um dos caminhos pelos quais o exercício regular exerce seus efeitos terapêuticos, auxiliando no tratamento de doenças relacionadas à idade. Ao promover a ativação da neurogranina e da calmodulina, o exercício pode oferecer proteção contra a neurodegeneração, promovendo a sobrevivência neuronal, atenuando o estresse oxidativo e melhorando a função mitocondrial através da regulação da homeostase do cálcio e do metabolismo energético.
Além disso, estudos sugerem que o exercício regular pode aumentar a produção de fatores neurotróficos, especialmente o fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF). O BDNF desempenha um papel crucial na sobrevivência dos neurônios, na plasticidade sináptica (a capacidade das sinapses, as conexões entre os neurônios, de se fortalecerem ou enfraquecerem) e, consequentemente, na função cognitiva geral. A descoberta do envolvimento da neurogranina na regulação da sinalização do BDNF reforça sua importância na neuroproteção e no aprimoramento cognitivo induzidos pelo exercício. Assim, a prática regular de atividade física emerge como uma estratégia promissora para melhorar a memória, o aprendizado, a plasticidade sináptica e a resiliência a danos neurológicos, promovendo a recuperação após lesões cerebrais e auxiliando no tratamento de distúrbios relacionados ao envelhecimento, como a doença de Alzheimer. Em suma, o exercício regular não é apenas bom para o corpo, mas essencial para a saúde do cérebro.
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