Um estudo recente realizado na Polônia investigou o nível de conhecimento sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre médicos da atenção primária (MAPs). A pesquisa, que ouviu 166 profissionais, busca identificar lacunas no entendimento sobre a etiologia, critérios de diagnóstico e suporte a pacientes autistas, áreas cruciais para o encaminhamento e acompanhamento adequados.
Os resultados revelaram que o conhecimento dos médicos sobre a etiologia do autismo foi de apenas 37,95%, enquanto o entendimento dos critérios de diagnóstico atingiu 42,69%. O suporte ao paciente, embora um pouco melhor, ainda se mostrou limitado, com 70,05% de respostas corretas. A pesquisa apontou que médicas demonstraram maior conhecimento em todas as categorias avaliadas. Além disso, pediatras apresentaram um nível de conhecimento superior em comparação com clínicos gerais, e médicos em formação se mostraram mais preparados do que especialistas.
Um dado preocupante foi a constatação de que médicos atuantes em cidades menores e aqueles com maior experiência clínica demonstraram um conhecimento mais baixo sobre o TEA. Esses achados sugerem a necessidade urgente de programas de educação continuada e atualização para os MAPs, especialmente em áreas específicas como o diagnóstico precoce e as estratégias de intervenção. A identificação e o suporte adequados na atenção primária são fundamentais para melhorar a qualidade de vida de pacientes autistas e suas famílias, garantindo o acesso a serviços especializados e promovendo a inclusão social. A pesquisa ressalta que a falta de conhecimento teórico é uma barreira significativa, impactando diretamente o atendimento e o encaminhamento de pacientes com TEA.
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