A infecção por Pneumocystis jirovecii, um fungo oportunista, representa um risco significativo para indivíduos com sistema imunológico comprometido, especialmente gestantes. Embora a colonização por Pneumocystis (uma forma subclínica da infecção) seja estudada em diversas populações, suas implicações específicas durante a gravidez ainda não são totalmente compreendidas. As alterações imunológicas características da gestação podem tornar as mulheres mais suscetíveis à infecção e aumentar o risco de transmissão vertical (da mãe para o bebê) e complicações respiratórias neonatais.
Uma revisão abrangente da literatura científica revelou que a maioria dos casos de pneumonia por Pneumocystis em gestantes estava associada ao HIV antes da disponibilidade da terapia antirretroviral. Em tempos mais recentes, a infecção tem sido relacionada a malignidades hematológicas. A taxa de colonização por Pneumocystis em mulheres grávidas varia consideravelmente, entre 5,4% e 46,5%, dependendo da população estudada e dos métodos de detecção utilizados. Apesar de existirem evidências de transmissão vertical, o impacto desta infecção no recém-nascido ainda precisa ser mais investigado.
Os resultados da revisão enfatizam a importância do rastreamento do HIV em gestantes e a inclusão do Pneumocystis no diagnóstico diferencial de mulheres grávidas com pneumonia. A conscientização sobre a infecção por Pneumocystis durante a gravidez e o desenvolvimento de pesquisas adicionais são cruciais para melhorar os resultados maternos e neonatais. Estudos futuros devem se concentrar na transmissão vertical e na saúde respiratória dos bebês expostos, buscando estratégias de prevenção e tratamento mais eficazes para este grupo vulnerável.
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