Exercício de Resistência e Inflamação em Pacientes com Câncer de Cólon: Uma Análise Detalhada

Um estudo recente investigou o impacto do treinamento de resistência em marcadores inflamatórios em pacientes com câncer de cólon submetidos à quimioterapia adjuvante. A pesquisa buscou entender se a prática de exercícios resistidos, combinada com suplementação proteica, poderia influenciar as mudanças inflamatórias durante o tratamento, e se essas alterações estariam associadas à intensidade da dose relativa (IDR) da quimioterapia.

O estudo, um ensaio clínico multicêntrico randomizado, envolveu 174 pacientes com câncer de cólon. Os participantes foram divididos em dois grupos: um que seguiu um programa de treinamento de resistência em casa e outro que recebeu o tratamento padrão. Os níveis de proteína C-reativa de alta sensibilidade (hsCRP), interleucina-6, receptor do fator de necrose tumoral-α II e fator de diferenciação de crescimento-15 foram medidos antes e após a conclusão da quimioterapia. A composição corporal basal foi avaliada por meio de absorciometria de raios X de dupla energia. Os resultados mostraram que não houve diferenças significativas nos marcadores inflamatórios entre os grupos que realizaram treinamento de resistência e os que receberam cuidados usuais.

Apesar da ausência de impacto direto do treinamento de resistência nos marcadores inflamatórios, o estudo revelou associações importantes entre esses marcadores e a composição corporal basal. Pacientes com níveis mais elevados de hsCRP, interleucina-6 e receptor do fator de necrose tumoral-α II apresentaram maior índice de massa corporal, massa magra total e massa gorda total no início do estudo. Além disso, aqueles com os níveis mais altos de hsCRP tiveram maior probabilidade de receber uma IDR superior a 70%. A pesquisa sugere que, embora o treinamento de resistência não tenha alterado significativamente os marcadores inflamatórios, estes estão ligados à composição corporal, destacando a necessidade de mais estudos para compreender o papel da inflamação e da composição corporal nos resultados do tratamento do câncer de cólon. É fundamental investigar como a composição corporal e a inflamação interagem para influenciar a resposta à quimioterapia e outros tratamentos.

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