O Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma das principais causas de incapacidade e mortalidade em todo o mundo. Pesquisadores estão constantemente buscando novas abordagens terapêuticas para minimizar os danos cerebrais e promover a recuperação após um AVC. Uma pesquisa recente explora o uso de exossomos derivados de células progenitoras endoteliais (EPCs) combinados com ultrassom focalizado pulsado de baixa intensidade (LIPFUS) como uma estratégia inovadora para o tratamento do AVC.
Exossomos são pequenas vesículas liberadas pelas células que podem transportar moléculas bioativas, como proteínas e RNA, para outras células, influenciando seu comportamento. No contexto do AVC, os exossomos derivados de EPCs têm o potencial de promover a regeneração tecidual e reduzir a inflamação no cérebro. No entanto, a entrega eficaz desses exossomos ao local da lesão sempre foi um desafio. O LIPFUS surge como uma ferramenta promissora para superar essa barreira. Essa técnica utiliza ondas sonoras de baixa intensidade para aumentar a permeabilidade da barreira hematoencefálica (BHE), permitindo que os exossomos atinjam o tecido cerebral afetado de forma mais eficiente.
O estudo demonstrou que a combinação de LIPFUS e exossomos derivados de EPCs resultou em uma redução significativa do volume da lesão após o AVC em modelos animais. Além disso, observou-se um aumento da neovascularização, ou seja, a formação de novos vasos sanguíneos, na área afetada, o que é crucial para a recuperação tecidual. A pesquisa também indicou que o tratamento não causou danos adicionais ao tecido cerebral nem aumentou a inflamação. Esses resultados sugerem que a terapia combinada com LIPFUS e exossomos representa uma abordagem promissora para o tratamento do AVC, abrindo novas perspectivas para melhorar a recuperação funcional e reduzir as sequelas neurológicas em pacientes.
Origem: Link