Terapia Comportamental Dialética: Uma Nova Esperança para Autistas com Desregulação Emocional

A terapia comportamental dialética (DBT) surge como uma abordagem promissora para auxiliar adultos autistas que enfrentam desafios significativos na regulação de suas emoções. Um estudo recente investigou os efeitos da DBT, utilizando medidas em tempo real para avaliar o impacto da terapia em marcadores subjetivos e fisiológicos da desregulação emocional.

A pesquisa envolveu 26 adultos autistas que participaram de um programa padrão de DBT com duração de cinco meses. Os participantes foram avaliados antes e depois da intervenção por meio de Avaliação Ecológica Momentânea (EMA), que consistiu em doze avaliações diárias durante uma semana. Essas avaliações mediram aspectos como alexitimia (dificuldade em identificar e descrever emoções), estados emocionais, nível de excitação subjetiva e controle emocional. Adicionalmente, foi realizado um monitoramento fisiológico contínuo utilizando uma pulseira para registrar a frequência cardíaca (HR), a variabilidade da frequência cardíaca (HRV) e os níveis de condutância da pele (SCL).

Os resultados do estudo revelaram que, após a DBT, houve um aumento significativo nas taxas de emoções identificadas, emoções positivas e controle emocional. Embora não tenham sido observadas diferenças significativas em relação às emoções negativas e emoções conflitantes mais elevadas, a pesquisa sugere que a DBT pode aprimorar a consciência emocional e as capacidades de regulação emocional em indivíduos autistas. É importante ressaltar que estudos controlados randomizados devem considerar o uso desses métodos para melhorar a avaliação do impacto da DBT no dia a dia de indivíduos autistas com desregulação emocional e/ou comportamento suicida. A diminuição dos níveis de alexitimia e o aumento de emoções positivas e de controle emocional, demonstram o potencial da DBT como ferramenta terapêutica valiosa neste contexto.

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