Tempo de Reação e Ações Motoras: Como o Cérebro Integra Estímulos Sonoros?

A maneira como realizamos ações simples e repetitivas, como tocar, apertar ou empurrar um botão, é influenciada pelos efeitos que essas ações produzem. Um estudo recente investigou como a adição de um som imediato e consistente a essas ações pode levar a uma diminuição na força aplicada. Essa adaptação motora relacionada ao efeito da ação, no entanto, parece ter um limite temporal.

A pesquisa revelou que o efeito sonoro precisa seguir a ação em aproximadamente 200 milissegundos para que ocorra essa adaptação. A hipótese é que esse intervalo de tempo reflete um limite na capacidade do cérebro de integrar a ação e seu efeito. O estudo, realizado com estudantes universitários, replicou o efeito do atraso entre a ação e o som na aplicação da força. Os participantes apertavam um dispositivo sensível à força a cada três segundos, o que gerava um som com um atraso que aumentava gradualmente a cada bloco, variando de 0 a 560 milissegundos.

Os resultados mostraram que a força aplicada aumentava gradualmente com o atraso do efeito sonoro, com uma janela de otimização de força estimada em 290 milissegundos. Isso confirma a importância da contiguidade temporal na adaptação motora relacionada ao efeito da ação. A pesquisa também explorou a relação entre essa janela de otimização e traços de esquizotipia, mas não encontrou uma correlação significativa entre os dois. Em resumo, o estudo destaca como o cérebro processa e integra informações sensoriais para otimizar ações motoras, com um limite temporal para essa integração.

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