Pacientes com câncer enfrentam um risco significativamente elevado de desenvolver doenças cardiovasculares (DCV), com taxas de mortalidade por problemas cardíacos muitas vezes superiores às da população em geral. Nesse contexto, os programas de Reabilitação Cardio-Oncológica (CORe) surgem como uma ferramenta terapêutica promissora, integrando avaliação de risco cardiovascular, treinamento físico e orientação nutricional, visando melhorar a saúde geral e a qualidade de vida desses pacientes.
Embora as evidências demonstrem a eficácia dos programas CORe no aprimoramento da capacidade funcional, da massa muscular, da força e da qualidade de vida, sua implementação clínica ainda é limitada. Esses programas são estruturados de forma semelhante à reabilitação cardíaca tradicional, mas são adaptados para atender às necessidades específicas dos pacientes oncológicos. Geralmente, incluem três fases: internação (estratificação de risco e educação para a saúde), ambulatorial (exercício supervisionado ou telemonitorado) e manutenção (suporte a longo prazo através da colaboração com médicos de atenção primária e associações de pacientes).
A colaboração efetiva entre médicos (cardiologistas, oncologistas) e fisioterapeutas é crucial para o sucesso dos programas CORe. Eles oferecem estratégias eficazes para o gerenciamento e a prevenção de DCV em pacientes com câncer, por meio de uma abordagem abrangente de cuidado ao paciente. A pesquisa contínua é essencial para confirmar seus benefícios a longo prazo e apoiar uma implementação clínica mais ampla, garantindo que mais pacientes tenham acesso a essa importante modalidade de tratamento. A fisioterapia desempenha um papel fundamental nessa abordagem multidisciplinar.
Origem: Link