A tecnologia vestível, como os óculos inteligentes, apresenta um potencial significativo para auxiliar pessoas com diferentes necessidades, especialmente no contexto da saúde e bem-estar. Um estudo recente explorou a usabilidade e as características ideais de usuários para a utilização de óculos inteligentes como ferramenta de assistência remota, focando em jovens adultos com e sem Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O estudo envolveu a comparação de dois grupos de jovens adultos (20-34 anos), um com TEA e outro sem, na realização de uma tarefa de compra online utilizando os óculos inteligentes. Foram avaliadas diversas características dos participantes, como perfil sensorial, funções executivas e níveis de depressão e ansiedade, buscando identificar correlações com a usabilidade dos dispositivos. Os resultados indicaram uma boa usabilidade geral para ambos os grupos, embora o grupo com TEA tenha apresentado maiores dificuldades na categoria de facilidade de uso.
As descobertas ressaltam o potencial dos óculos inteligentes para fornecer suporte remoto, especialmente para indivíduos que podem enfrentar desafios em tarefas cotidianas ou necessitar de assistência para desenvolver habilidades. A análise identificou um subgrupo de participantes com características específicas, como maior capacidade de busca e funções executivas mais desenvolvidas, que se mostraram mais adequados para o uso dos óculos inteligentes. Isso sugere que a personalização e a adaptação da tecnologia às necessidades individuais podem otimizar a experiência e os benefícios para os usuários, abrindo novas perspectivas para o uso de tecnologias assistivas na área da saúde e bem-estar.
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