As desordens neurológicas (DNs) e mentais (DMs) representam um desafio crescente para a saúde global. Em busca de novas abordagens terapêuticas, a nutrição tem ganhado destaque, especialmente o papel do enxofre dietético, encontrado em diversas fontes naturais, e sua importância para processos fisiológicos, incluindo a função cerebral. Uma revisão recente explora o potencial neuroprotetor de compostos de enxofre naturais.
O enxofre desempenha um papel crucial em diversas funções cerebrais. Substâncias ricas em enxofre, como isotiocianatos, sulforafano, glutationa, taurina, polissacarídeos sulfatados, sulfetos de alilo e aminoácidos contendo enxofre, possuem propriedades que podem beneficiar a saúde neurológica. Estudos indicam que o consumo de alimentos ricos em enxofre pode melhorar a função cerebral, aprimorando parâmetros cognitivos e reduzindo a gravidade da neuropatologia, através de ações antioxidantes e anti-inflamatórias em nível molecular.
Além disso, a pesquisa destaca o papel crescente dos compostos de enxofre naturais na reparação da disfunção endotelial, no fortalecimento da barreira hematoencefálica e na melhora do fluxo sanguíneo cerebral. Resultados promissores em modelos animais e investigações clínicas sugerem que dietas ricas em enxofre podem ser benéficas em diversas condições, incluindo esquizofrenia, depressão, ansiedade, transtorno bipolar e transtorno do espectro autista (para DMs), bem como Doença de Alzheimer (DA), Doença de Parkinson (DP), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e Esclerose Múltipla (EM) (para DNs). Apesar do potencial promissor para aplicações em nutracêuticos, medicamentos e alimentos funcionais, pesquisas adicionais são necessárias para elucidar os mecanismos de ação, otimizar a biodisponibilidade e avaliar a segurança a longo prazo para um uso mais amplo.
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