A hidroxizina, comercializada sob a marca Vistaril©, é um anti-histamínico de primeira geração frequentemente prescrito para tratar condições como náuseas, vômitos, dermatite atópica (eczema) e ansiedade. Embora seja um medicamento amplamente utilizado, é crucial estar ciente de seus potenciais efeitos adversos, especialmente no que diz respeito à segurança ao dirigir.
Estudos clínicos têm demonstrado que a hidroxizina pode comprometer a capacidade de dirigir e as funções psicomotoras. Isso ocorre porque ela atua como um depressor do sistema nervoso central (SNC), podendo causar fadiga, sedação, comprometimento da memória e dificuldade de concentração. Uma pesquisa recente analisou amostras de sangue de motoristas submetidos a testes de direção sob influência de substâncias (DUI) entre 2017 e 2024. Os resultados revelaram que a hidroxizina estava presente em um número significativo de casos, muitas vezes em combinação com outros medicamentos como antidepressivos, opioides e anticonvulsivantes.
As observações comportamentais em motoristas que testaram positivo para hidroxizina incluíram falta de coordenação, fala lenta e arrastada, e dificuldade em seguir instruções em testes de sobriedade padronizados. Além disso, foram relatados comportamentos de direção perigosos, como direção errática, acidentes, dirigir na contramão e desrespeito a sinais de parada. O estudo destaca a importância de informar os pacientes sobre os riscos potenciais da hidroxizina para a segurança ao dirigir, especialmente quando combinada com outros medicamentos que afetam o SNC. Em 2023, a hidroxizina ultrapassou a difenidramina como o anti-histamínico mais identificado em testes de direção sob efeito de substâncias, o que reforça a necessidade de conscientização sobre seus efeitos e riscos associados.
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