Pacientes com doenças respiratórias crônicas (DRC) frequentemente utilizam os músculos do pescoço para auxiliar na respiração, o que pode levar a uma postura inadequada e, consequentemente, à ineficiência desses músculos. A flexibilidade da parte superior do corpo e uma boa postura podem potencializar os resultados da reabilitação pulmonar. Uma pesquisa recente investigou se a inclusão de exercícios de flexibilidade do tronco em um programa de reabilitação pulmonar traria benefícios adicionais para esses pacientes.
O estudo, publicado no periódico *Physiotherapy Research International*, avaliou o impacto da adição de exercícios de flexibilidade do tronco ao protocolo de reabilitação pulmonar (RP) em pacientes com DRC. Os pesquisadores acompanharam 60 indivíduos diagnosticados com DRC, dividindo-os aleatoriamente em dois grupos: um grupo controle, que recebeu o protocolo convencional de RP, e um grupo experimental, que realizou exercícios de flexibilidade do tronco em conjunto com a RP durante quatro semanas. As medidas de desempenho muscular respiratório, resistência dos membros superiores e atividades de vida diária foram avaliadas em ambos os grupos no início e ao final do período de intervenção.
Os resultados mostraram que o grupo que realizou os exercícios de flexibilidade do tronco apresentou melhor desempenho muscular respiratório e maior resistência dos membros superiores em comparação com o grupo controle. Ambos os grupos mostraram melhorias nas atividades de vida diária, mas o grupo experimental obteve resultados ligeiramente superiores. Esses resultados sugerem que a inclusão de exercícios de flexibilidade do tronco em programas de reabilitação pulmonar pode melhorar a mecânica respiratória, a eficiência muscular e reduzir o esforço percebido durante as atividades cotidianas. Portanto, fisioterapeutas respiratórios podem considerar a incorporação de exercícios de flexibilidade do tronco nos protocolos de RP para otimizar os resultados em pacientes com DRC.
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