Um estudo recente investigou a experiência de pais e responsáveis em relação à polissonografia (PSG) em laboratório para crianças com distúrbios do neurodesenvolvimento (DND). A PSG é considerada o padrão ouro para diagnosticar distúrbios do sono pediátricos, mas crianças com DND frequentemente apresentam dificuldades em tolerar o procedimento. A pesquisa buscou compreender melhor as preocupações dos pais e a percepção sobre a representatividade do sono durante o exame.
O estudo multicêntrico transversal envolveu pais de 143 crianças com DND que realizaram PSG em laboratório. Os pais responderam a um questionário detalhado sobre seus níveis de preocupação e os de seus filhos, a tolerância subjetiva ao exame e a experiência geral. Além disso, foram questionados sobre a preferência entre a PSG em laboratório e um teste de sono domiciliar utilizando um dispositivo em formato de tapete. Os resultados indicaram que os pais, em média, classificaram o nível de preocupação de seus filhos em relação à PSG como ‘moderado’. Diagnósticos de transtorno do espectro autista (TEA) ou distúrbios neuromusculares foram identificados como fatores de risco para maior preocupação e para a percepção de que o sono durante a PSG não era representativo do sono habitual em casa.
Um achado significativo foi a preferência dos pais por testes de sono domiciliares. Cinquenta e sete por cento dos participantes indicaram que prefeririam o teste em casa, se disponível, em comparação com apenas 7% que preferiram a PSG em laboratório. A pesquisa conclui que a PSG em laboratório está associada à preocupação da criança e a dúvidas sobre a representatividade do sono habitual. A preferência do consumidor inclina-se para testes de sono em casa em vez dos testes diagnósticos atuais realizados em laboratório. Isso sugere a necessidade de explorar e disponibilizar alternativas mais confortáveis e acessíveis para o diagnóstico de distúrbios do sono em crianças com DND, minimizando o estresse e melhorando a qualidade dos dados coletados.
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