Dismetria Cognitiva: Conexões Cerebrais e Transtornos Psiquiátricos

A dismetria cognitiva, caracterizada como uma desorganização dos processos cognitivos, tem sido associada ao papel do cerebelo na coordenação de pensamentos e ações. Estudos recentes têm investigado essa condição em relação a diversos transtornos psiquiátricos, como esquizofrenia, transtorno bipolar tipo II e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Compreender a intrincada relação entre a dismetria cognitiva e a conectividade funcional do cérebro nesses transtornos pode oferecer insights valiosos sobre suas bases neurobiológicas.

Uma pesquisa recente explorou padrões de conectividade funcional entre diferentes regiões cerebrais e sua associação com sintomas clínicos e características específicas em pacientes diagnosticados com esquizofrenia, transtorno bipolar tipo II e TDAH. O estudo analisou tanto o desempenho da memória de trabalho quanto o estado de repouso do cérebro, comparando os resultados com os de voluntários saudáveis. Utilizando um conjunto de dados de ressonância magnética funcional (fMRI) de código aberto, os pesquisadores examinaram a conectividade entre 115 regiões do cérebro, incluindo áreas corticais, subcorticais e cerebelares, em um total de 135 participantes.

Os resultados revelaram padrões anormais de conectividade funcional em pacientes, localizados principalmente no cerebelo, tálamo, estriato, hipocampo, córtex pré-frontal medial e córtex insular anterior. Análises adicionais mostraram que essas alterações na conectividade eram mais evidentes em pacientes com esquizofrenia e TDAH durante o estado de repouso, enquanto a realização de tarefas específicas revelou efeitos distintos nos três transtornos. A análise estatística sugere que a conectividade funcional regional está associada a sintomas e traços específicos, indicando assinaturas neurais subjacentes a essas condições psiquiátricas. A pesquisa aponta que o estudo das relações disfuncionais nas regiões subcorticais e cerebelares pode abrir novas perspectivas sobre as bases neurobiológicas das psicoses e contribuir para o desenvolvimento de estratégias de tratamento mais eficazes.

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