Desordens Congênitas da Glicosilação: Descoberta Genética Revela Nova Causa

Um estudo recente aprofundou nosso entendimento sobre as desordens congênitas da glicosilação (CDGs), um grupo amplo e heterogêneo de condições metabólicas. Estas desordens são causadas por defeitos na montagem e remodelação de glicanos de glicoproteínas e glicolípidos, um processo molecular essencial com diversas funções biológicas. A pesquisa identificou variantes bi-alélicas no gene UGGT1 como causa de uma forma distinta de CDG, apresentando-se com gravidade variável.

Os principais sinais clínicos associados à UGGT1-CDG incluem atraso no desenvolvimento, deficiência intelectual e convulsões. Adicionalmente, muitos indivíduos afetados exibem características faciais distintas e microcefalia. Em casos mais graves, podem ocorrer malformações cardíacas congênitas, anomalias esqueléticas variáveis, como escoliose, e comprometimento hepático e renal, incluindo rins policísticos, mimetizando a doença renal policística autossômica recessiva.

A pesquisa também estabeleceu correlações entre genótipo e fenótipo. Variantes de perda de função bi-alélicas no UGGT1 foram associadas a uma maior gravidade da doença, incluindo casos de óbito na infância. O gene UGGT1 codifica a UDP-glucose:glicoproteína glucosiltransferase 1, uma enzima crucial para manter o controle de qualidade da glicosilação ligada a N. Estudos moleculares demonstraram que variantes patogênicas do UGGT1 prejudicam a glicosilação e a atividade catalítica do UGGT1, interrompem o splicing do mRNA ou inibem a retenção no retículo endoplasmático (RE). Esses achados expandem o espectro de desordens da glicosilação ligada a N, oferecendo uma caracterização genética, clínica e molecular abrangente da UGGT1-CDG.

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