Um caso intrigante de catatonia não especificada foi recentemente documentado, chamando a atenção de neurologistas e psiquiatras. O paciente, um atleta profissional na casa dos 20 anos e sem histórico médico ou psiquiátrico prévio, apresentou uma rápida deterioração neurológica ao longo de quatro dias. Os sintomas incluíam estupor persistente, mutismo e retardo psicomotor profundo, persistindo por várias semanas com melhora mínima, mesmo com doses crescentes de lorazepam, um medicamento ansiolítico.
A catatonia é uma síndrome neuropsiquiátrica caracterizada por anormalidades no movimento, comportamento e cognição. As causas podem variar amplamente, desde transtornos psiquiátricos como esquizofrenia e transtorno bipolar até condições médicas como infecções, distúrbios metabólicos e doenças neurológicas. No entanto, neste caso específico, investigações extensivas realizadas em um centro neurológico de referência no Reino Unido não revelaram nenhuma causa orgânica identificável. A ausência de uma etiologia orgânica clara tornou o diagnóstico e o tratamento um desafio.
Diante da falta de resposta ao tratamento inicial com lorazepam, a equipe médica optou pela terapia eletroconvulsiva (ECT) em conjunto com a medicação. Surpreendentemente, os sintomas do paciente melhoraram rapidamente após o início da ECT. Este caso demonstra a complexidade do diagnóstico e tratamento da catatonia, especialmente quando não há uma causa orgânica aparente. Além disso, destaca a importância de considerar a ECT como uma opção de tratamento em casos refratários. A experiência ressalta a necessidade de uma abordagem multidisciplinar envolvendo neurologistas e psiquiatras no cuidado de pacientes com catatonia, mesmo na ausência de fatores de risco tradicionais ou causas identificáveis. Novas pesquisas são necessárias para entender melhor a fisiopatologia da catatonia e desenvolver estratégias de tratamento mais eficazes. A identificação precoce e o tratamento adequado são cruciais para melhorar os resultados para os pacientes.
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