“Fatores Individuais e Dor Musculoesquelética em Trabalhadores”

Um estudo analisou a associação entre fatores ocupacionais e individuais e a dor/ desconforto musculoesquelético em trabalhadores de uma empresa de bebidas que oferece programas de ergonomia e exercícios no local de trabalho. A pesquisa, de natureza transversal e observacional, avaliou 100 trabalhadores, dos quais 57% relataram dor, sendo a lombalgia a mais prevalente (47%). Foram analisadas variáveis como idade, tempo de trabalho, adesão à ginástica laboral, Índice de Capacidade Laboral (WAI), percepção de fadiga (escala NFR), saúde física e mental, e estado geral de saúde (questionário SF-36), além da dor mapeada pelo mapa de dor nórdico. Métodos estatísticos como o teste exato de Fisher e regressão logística foram utilizados para analisar as associações, com odds ratios (OR), intervalos de confiança de 95% e p < 0,05.

Os resultados mostraram associação significativa entre a dor lombar e diversos fatores. A capacidade laboral apresentou uma associação 10,45 vezes maior com a presença de dor. A idade (7,4 vezes), aspectos físicos (10,25 vezes), funcionamento (6,13 vezes), estado de saúde geral (5,17 vezes), funcionamento social (4,96 vezes) e bem-estar emocional (3,01 vezes) do SF-36 também se mostraram significativamente associados à dor. A necessidade de descanso apresentou associação 3,40 vezes maior, o tempo de trabalho 4,12 vezes, o absenteísmo 7,35 vezes e a não adesão aos exercícios no local de trabalho 2,95 vezes. Esses achados sugerem que fatores individuais como cuidados com a saúde física e suporte psicossocial, somados a exercícios e pausas no trabalho, podem ser relevantes como abordagem preventiva para alívio da dor.

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