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Um estudo qualitativo explorou a experiência de pais que recebem o diagnóstico de malformação fetal durante a gestação. A pesquisa, realizada em uma maternidade pública, entrevistou oito participantes: seis gestantes e dois pais. As entrevistas semi-estruturadas, analisadas por meio de análise de conteúdo categórico, revelaram que o diagnóstico desencadeia diferentes estágios de luto pela perda do bebê imaginário, não lineares e marcados por sentimentos ambivalentes. Apesar do diagnóstico, o vínculo emocional dos pais com o bebê permanece.
As principais estratégias de enfrentamento relatadas foram a religiosidade, as redes sociais e familiares, a comunicação e o apoio mútuo entre o casal. O estudo conclui que o luto pela malformação fetal transcende a perda física, englobando a perda de expectativas e a necessidade de redefinir o papel parental diante das incertezas sobre o futuro da criança. A pesquisa destaca a importância da integração de serviços psicológicos ao cuidado pré-natal, oferecendo suporte emocional aos pais nesse momento de grande vulnerabilidade.
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