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A compreensão das nodoparanodopatias imunomediadas, tanto agudas quanto crônicas, avançou significativamente com a identificação dos nós de Ranvier e das regiões axonais adjacentes (paranódulos e junções paranodais) como alvos primários de autoanticorpos específicos. Essa descoberta trouxe uma nova perspectiva para a localização neurológica, focando em microestruturas em vez das macroestruturas neurais (raízes, nervos e plexos), que eram o foco principal do diagnóstico topográfico, sindrômico e nosológico. Anteriormente, a análise se concentrava nas lesões em estruturas neurais maiores, enquanto agora a atenção se volta para estas regiões menores.
A necessidade de caracterizar os componentes dessas microestruturas neurais, agrupadas em pequenas regiões dentro do nervo, se tornou crucial para otimizar o raciocínio clínico e terapêutico. Compreender a interação dos autoanticorpos com essas estruturas microscópicas é fundamental para o desenvolvimento de diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes para as nodoparanodopatias. A pesquisa nessa área continua a desvendar os mecanismos imunológicos envolvidos e a elucidar a complexa relação entre os autoanticorpos, as alterações microestruturais e a manifestação clínica da doença.
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