“Hiperplexia em Crianças: Implicações na Qualidade de Vida”

Este estudo apresenta dois casos pediátricos de hiperplexia em uma pequena cidade do estado de São Paulo, Brasil. As pacientes, duas meninas, uma com três anos e seis meses e outra com cinco meses, diagnosticadas com hiperplexia tipo 1, recebiam atendimento em uma unidade da APAE (Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Deficiência). A hiperplexia tipo 1 é um transtorno neurológico caracterizado por uma resposta exagerada ao susto, podendo ser classificada em três subgrupos: hereditária, esporádica e sintomática.

O primeiro caso envolveu uma menina que, desde as três semanas de idade, passou por diversos exames, resultando em diagnósticos iniciais como encefalopatia crônica não progressiva na infância e paralisia cerebral espástica. O diagnóstico de hiperplexia tipo 1 só foi confirmado aos onze meses, após teste genético revelar alterações no gene GLRA1. Já o segundo caso, apresentou desde o nascimento hiperextensão das pernas, orelhas baixas, assimetria craniana, occipital proeminente e tremores nos membros inferiores. O diagnóstico foi confirmado aos três meses de idade, com a história familiar sugerindo a possibilidade de hiperplexia hereditária. Ambas as pacientes apresentaram sintomas associados à hiperplexia, incluindo aumento da resposta ao susto, convulsões e hipertonia, sendo aliviados com tratamento adequado. A assistência multidisciplinar combinada com tratamento medicamentoso, principalmente ansiolíticos e anticonvulsivantes (clonazepam sendo o mais utilizado), contribuiu significativamente para a melhora na qualidade de vida das pacientes. No entanto, problemas como luxação do quadril e pé torto necessitam de intervenção cirúrgica futura.

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