“Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos: Resistências e Fortalecimento Comunitário”

Um estudo de caso realizado em um Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) de um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) na Grande Florianópolis acompanhou 20 jovens, com idades entre 12 e 18 anos, durante sua participação em um programa dentro de uma instituição de formação policial. A pesquisa analisou um evento específico ocorrido na instituição, seus desdobramentos e a atuação da orientadora social na mediação do grupo. A metodologia se baseou no conceito de acontecimento proposto por Gilles Deleuze, buscando compreender como os eventos impactaram as relações entre os jovens.

No decorrer do programa, a instituição parceira adotou medidas disciplinares que foram percebidas pelos jovens como desqualificadoras de sua cultura e cotidiano. Essa situação gerou, como resposta, a formação de uma identidade coletiva baseada na resistência à violência simbólica imposta. Através dessa resistência e da mediação da orientadora social, foi possível observar um fortalecimento dos laços comunitários entre os participantes. O estudo demonstra como, mesmo em contextos desafiadores, a construção de identidade coletiva e a resistência podem levar ao fortalecimento de vínculos e à criação de novas possibilidades de interação social.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Rolar para cima