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Uma pesquisa recente investigou as consequências do desemprego na saúde mental e na carreira de trabalhadores brasileiros. O estudo envolveu 234 indivíduos desempregados, que participaram respondendo a questionários sobre dados demográficos, adaptabilidade de carreira, satisfação com a vida, esperança e níveis de depressão, ansiedade e estresse. Os resultados demonstraram uma forte correlação entre a adaptabilidade à carreira e a satisfação com a vida e a esperança. Observou-se que aqueles mais satisfeitos com suas trajetórias profissionais também apresentaram maior satisfação geral com a vida.
Através de análise de caminhos (path analysis), a pesquisa identificou que a adaptabilidade de carreira está significativamente associada a menores níveis de depressão. Além disso, a satisfação com a vida e com a carreira também se mostraram como fatores preditivos significativos e negativos para os níveis de depressão, ansiedade e estresse. Esses achados sugerem que a capacidade de adaptação profissional e a satisfação com a vida e a carreira são fatores protetores contra problemas de saúde mental em situações de desemprego, abrindo caminho para o desenvolvimento de intervenções e programas de apoio a esses trabalhadores.
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