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Um estudo correlacional avaliou a relação entre religiosidade e consumo de álcool em adolescentes com fissura orofacial. A pesquisa, realizada em um hospital público terciário brasileiro entre dezembro de 2021 e março de 2022, utilizou uma abordagem híbrida de coleta de dados com três instrumentos: um questionário sociodemográfico, a Escala de Religiosidade de Durel e o Teste de Identificação de Transtornos por Uso de Álcool. Participaram 370 adolescentes, com idade média de 15,2 anos (±1,8). Foram empregues testes estatísticos como χ², Fisher’s Exact, Mann-Whitney e o Coeficiente de Correlação de Spearman, além de análises de força de correlação linear e regressão logística bivariada, com nível de significância de 5% (p≤0,05).
Dos participantes, 23 (5,4%) apresentaram uso de álcool de risco ou prejudicial, sendo mais frequente em adolescentes do sexo masculino (p=0,001), de raça parda (p=0,046), que frequentavam o ensino médio (p=0,011), sem religião (p<0,001) ou que não frequentavam serviços religiosos (p<0,001). Os níveis de religiosidade organizacional, não-organizacional e intrínseca foram significativamente menores entre os adolescentes com uso de álcool de risco ou prejudicial (p=0,005; p<0,001 e p=0,002, respectivamente). Observou-se uma correlação moderada entre o uso de álcool de risco ou prejudicial e a religiosidade não-organizacional (r=0,31; p=0,002) e intrínseca (r=0,36; p<0,001). Adolescentes do sexo masculino (p<0,001; OR=6,58), mais próximos de 18 anos (p<0,001; OR=1,37) e não praticantes de religião (p<0,001; OR=6,48) apresentaram maiores chances de uso de álcool de risco ou prejudicial. Concluiu-se que adolescentes com maiores níveis de religiosidade organizacional e intrínseca consumiram menos álcool, enquanto adolescentes do sexo masculino, próximos aos 18 anos e não praticantes de religião apresentaram maiores chances de uso de álcool de risco ou prejudicial.
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