“
Este artigo discute a psicologia social latino-americana, inicialmente ligada a tradições críticas de ação social (educação popular, ciências sociais militantes, filosofia da libertação), e a recepção, nesse espaço, de paradigmas emergentes vinculados ao giro decolonial, às epistemologias do Sul e a outras tendências autonomistas e subalternistas para compreender os processos de transformação social. A pesquisa analisa como esses movimentos estão reorganizando e revitalizando uma disciplina que, em sua expressão hegemônica, encontrava-se estagnada e cooptada pela institucionalização burocrática e pela produção teórica neoliberal na leitura e intervenção no campo social.
O desenvolvimento histórico da disciplina é contextualizado no clima teórico de três momentos relevantes na configuração do campo social. O estudo conclui com algumas observações sobre as possibilidades que surgem para pensar o social-comunitário à luz dessas epistemes emergentes, mas também alguns problemas e limitações a serem considerados. A análise busca compreender a complexa interação entre as tradições críticas estabelecidas e as novas perspectivas teóricas, oferecendo uma visão abrangente sobre a evolução e os desafios da psicologia social comunitária na América Latina. A pesquisa destaca a importância de considerar as diferentes perspectivas teóricas para uma compreensão mais completa e eficaz da realidade social.
“