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Este estudo qualitativo, realizado por meio de entrevistas autobiográficas, explorou os significados afetivos dos projetos de vida de cinco educadores brasileiros reconhecidos por seu compromisso com a educação. Utilizando a perspectiva teórica dos Modelos Organizadores do Pensamento e da Neurociência dos Afetos, a pesquisa buscou compreender o papel das emoções na construção de projetos de vida éticos. Os resultados apontam para a integração entre metas pessoais e metas que transcendem o indivíduo.
A pesquisa destaca a importância do sentimento de bem-estar vivenciado na profissão docente e no cuidado com o outro como um elemento regulador na construção desses projetos. Além disso, sentimentos como dor e indignação, diante da violência e das desigualdades, foram ressignificados pelos professores como importantes motivadores para a transformação da realidade. O estudo demonstra a profunda influência das emoções na definição e no desenvolvimento dos projetos de vida, revelando a complexa interação entre a esfera pessoal e a profissional, e o impacto das experiências emocionais na busca por um propósito ético e transformador na área da educação.
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