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Um estudo retrospectivo de coorte avaliou a prevalência de colonização materna por Streptococcus do grupo B (GBS) em gestantes que tiveram parto prematuro e sua relação com desfechos maternos/perinatais adversos. Foram incluídas 190 gestantes com gestações únicas, com ou sem cultura para GBS (vagino-retal), que deram à luz espontaneamente antes de 37 semanas de gestação. De acordo com os dados, 53,1% (101/190) das mulheres não realizaram a cultura para GBS, enquanto 46,8% (89/101) fizeram o exame. Dentre as pacientes que realizaram a cultura, 13,5% (12/89) tiveram resultado positivo para GBS e 86,5% (77/89) apresentaram resultado negativo.
Gestantes sem cultura para GBS apresentaram maior prevalência de parto prematuro (74,3% vs. 59,6%, p=0,031) e menor prevalência de profilaxia com antibióticos (27,7% vs. 56,2%, p<0,001) em comparação com as gestantes com cultura para GBS. Observou-se maior prevalência do uso de penicilina G cristalina em gestantes com cultura positiva em relação às gestantes com cultura negativa para GBS (100% vs. 39%, p<0,0001). No entanto, não houve associação significativa entre a realização ou não da cultura para GBS, cultura positiva ou negativa para GBS, profilaxia adequada ou inadequada para GBS e a prevalência de desfechos maternos/perinatais adversos. A conclusão do estudo indica que não foi encontrada associação significativa entre a realização da cultura para GBS, o resultado positivo ou negativo para GBS, a profilaxia adequada ou inadequada para GBS e a prevalência de desfechos maternos/perinatais adversos.
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