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Necessidades não atendidas de mulheres lésbicas no tratamento do câncer de mama
Mulheres cuja sexualidade se desvia do padrão heteronormativo, como lésbicas e bissexuais, muitas vezes passam despercebidas pelos serviços de saúde. Um estudo qualitativo, baseado em entrevistas aprofundadas com duas mulheres lésbicas casadas, investigou as experiências de discriminação enfrentadas por uma mulher lésbica com câncer de mama e sua parceira durante o tratamento oncológico. A análise temática revelou que o processo de vulnerabilidade das participantes foi amplificado pela necessidade de se defenderem contra ataques constantes às suas identidades. A invisibilidade e a discriminação de mulheres lésbicas na rede de atenção oncológica contribuíram para multiplicar as necessidades de saúde não atendidas, piorando o já tênue vínculo com os profissionais de saúde.
Os resultados destacaram a importância de reconhecer e abordar as disparidades vivenciadas por mulheres lésbicas nos serviços de saúde. A pesquisa aponta para a necessidade de se criar um ambiente de cuidado mais inclusivo e sensível às diferentes realidades sexuais, garantindo o acesso equitativo a tratamentos e apoio adequados. A falta de atenção às necessidades específicas dessas mulheres impacta negativamente na qualidade de vida e no processo de tratamento do câncer de mama, demonstrando a urgência de implementar políticas e práticas que promovam a equidade e a inclusão na saúde oncológica. Superar esses desafios é fundamental para a efetiva implementação da agenda de direitos humanos no contexto da saúde.
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