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A micose fungoide hipopigmentada (MFH) é uma forma menos comum e menos divulgada de micose fungoide, sendo mais frequente em crianças e indivíduos com fototipo elevado. Seu diagnóstico é desafiador, muitas vezes necessitando de múltiplas biópsias para confirmação. Um estudo de caso relatou dois pacientes, um menino de oito anos com máculas hipocrômicas no tronco e raízes dos membros superiores e inferiores, e outro de seis anos com placas hipocrômicas disseminadas. Ambos apresentaram evolução prolongada da hipopigmentação, levando à suspeita de MFH após exclusão de outros diagnósticos diferenciais. Os exames histopatológicos e imuno-histoquímicos foram fundamentais na confirmação do diagnóstico.
O tratamento da MFH inclui fototerapia e terapia imunossupressora, dependendo da idade do paciente e da extensão das lesões. O reconhecimento precoce da MFH é crucial para o manejo adequado e para evitar complicações associadas à evolução maligna. A importância da investigação diagnóstica cuidadosa e a necessidade de considerar a MFH no diagnóstico diferencial de hipocromias em crianças, especialmente diante de lesões de longa duração, foram destacadas na pesquisa. A identificação precoce possibilita a intervenção terapêutica apropriada, melhorando o prognóstico e minimizando potenciais sequelas. A MFH, apesar de rara, exige atenção especial por parte dos profissionais de saúde, devido à sua potencial gravidade e ao impacto na qualidade de vida dos pacientes pediátricos.
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